Património do Porto restaura-se “pela Cultura, não para o turismo”
Publicado pela agência Lusa a 12 de Setembro de 2014.
O secretário de Estado da Cultura considerou hoje, à margem da apresentação da fachada recuperada do Teatro Nacional de S. João (TNSJ), no Porto, que o restauro do património edificado faz-se porque “a Cultura vale por si própria.”
“A Cultura não se faz pelo turismo”, declarou Jorge Barreto Xavier, ressalvando que a renovação de edifícios emblemáticos da cidade do Porto pode e deve também ser “articulada com aspetos educativos e turísticos”, ainda que não com o único propósito de cativar novos visitantes à cidade.
Horas antes, o secretário de Estado passava pela Igreja dos Clérigos, em processo de requalificação orçado em cerca de 2,6 milhões de euros e com abertura prevista para 12 de dezembro, para terminar o périplo pelo património edificado do Porto, que passou ainda pela Igreja de Santa Clara, numa exibição de uma curta-metragem sobre a renovação do TNSJ, decorrente de um investimento de 960 mil euros.
“Não fazemos este projeto por causa do turismo, mas ainda bem que o turismo pode beneficiar dele”, reiterou Jorge Barreto Xavier, frisando que se “historicamente, a Fundação de Serralves e a Casa da Música têm desempenhado um papel importante na marca do Porto contemporâneo, o conjunto dos equipamentos culturais da cidade pode reforçar a sua atratividade para visitantes nacionais e estrangeiros”.
O eixo Serralves-Casa da Música-TNSJ pode ainda consolidar-se com visitas que percorrem as três instituições, que de acordo com a presidente do conselho de administração do Teatro, Francisca Carneiro Fernandes, “vão acontecer muito brevemente”, faltando apenas “acertar alguns detalhes”.
Quanto a um incremento e diversificação da oferta cultural do TNSJ ao nível da qualidade do restauro à respetiva fachada, Francisca Carneiro Fernandes refere apenas que “seria ideal que assim fosse”, explicando que “isso depende do reforço de recursos que, por enquanto, ainda não podem ser dados como garantidos”.
Para o secretário de Estado da Cultura, há ainda motivos para congratulações com a reabertura do Teatro Rivoli, apesar de remeter comentários sobre a crise diretiva do Coliseu do Porto para a assembleia geral a realizar a 17 de setembro.
Entre as obras que decorriam na nave dos Clérigos, Jorge Barreto Xavier adiantou ainda que a recuperação da Igreja de Santa Clara “tem já aprovado um apoio desde fevereiro de 2014, num trabalho comparticipado pelo Estado, fundos europeus e privados”, cujo montante exato não soube precisar, mas que considerou vir a ser adequado a “uma estrutura notável, cuja reabilitação vai ser muito importante para a cidade”.
Enquanto o presidente da Irmandade dos Clérigos, Américo Aguiar, assegurava à Lusa que as obras da igreja “estão a decorrer dentro dos prazos”, o secretário de Estado da Cultura manifestava-se surpreendido com a suposição de jornalistas quanto à “invulgar” quantidade de visitas a monumentos portuenses e frequência das suas deslocações à cidade.
“Venho cá com muita regularidade. Se não venho de dez em dez dias, venho de 15 em 15”, garantiu, salientando a renovação do património histórico do Porto como algo que “é importante para todo o país”.
Reitor da Universidade do Porto avisa que excessos em praxes são “intoleráveis” no novo ano letivo.
Publicado pela agência Lusa a 11 de Setembro de 2014.
O reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, disse hoje, em discurso de boas-vindas aos alunos do ano letivo de 2014-2015, que “excessos de qualquer ordem” decorrentes de praxes académicas serão “pura e simplesmente intoleráveis”.
“Não pretendo, de forma alguma, atingir quaisquer iniciativas que visem promover a integração dos nossos estudantes, pelo contrário, quero apoiá-las”, ressalvou Feyo de Azevedo, reiterando que quaisquer “excessos físicos ou psicológicos, práticas de obediência e discriminação, perturbação da atividade escolar e outros abusos” serão punidos de acordo com a legislação.
“Quero recordar que nenhum estudante pode ser obrigado a participar em qualquer ato da praxe académica contra a sua vontade”, declarou o reitor da Universidade do Porto, perante cerca de três mil estudantes e pais, na cerimónia de boas-vindas organizada no Pavilhão Rosa Mota, a que compareceu o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
Sebastião Feyo de Azevedo considerou “lamentáveis os excessos que se têm vindo a observar em praxes académicas”, frisando que lutará por “uma integração dos estudantes sem qualquer tipo de abuso”.
Uma das prioridades da reitoria para o ano letivo de 2014-2015 será também “alargar e qualificar a dimensão social de apoio aos estudantes”, no sentido de proceder a “uma reestruturação dos serviços de ação social”.
“Independentemente de me parecer que, já hoje, a nossa comunidade estudantil beneficia de uma sólida estrutura de apoio social, queremos proporcionar melhores condições de apoio em todas as áreas: alimentação, habitação, estudo, saúde e convívio”, declarou Sebastião Feyo de Azevedo.
Nesta cerimónia de boas-vindas aos cerca de quatro mil novos alunos da Universidade do Porto, foi também salientada a taxa de preenchimento de vagas da instituição, a mais alta do país, na ordem dos 96%, assim como o facto de ter sido a preferida pelos candidatos ao Ensino Superior.
Em discurso de boas-vindas, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, considerou que estes dados fazem da Universidade do Porto a “instituição mais importante da cidade”.
Universidade do Porto vai “trabalhar a fiado” até 2015
O reitor da Universidade do Porto (UP), Sebastião Feyo de Azevedo, disse ainda, à margem da receção aos alunos deste ano letivo, que a instituição vai “trabalhar a fiado” até 2015, desde o corte de 1,5% no seu orçamento.
“A situação não é muito positiva. Vamos ver qual é a dimensão dos danos. Vamos ver qual é a verba que, de facto, o Governo nos vai devolver, daquilo que já adiantámos de 2014, porque nós estamos a trabalhar a fiado”, declarou o reitor da UP.
Sebastião Feyo de Azevedo expressou uma “esperança de que a situação seja somente má, que não seja péssima”, dado que as decisões do Tribunal Constitucional implicaram o pagamento de “um conjunto de verbas que não estavam previstas” e que a instituição espera ver devolvidas em 2015.
“O que o secretário [de Estado do Ensino Superior] disse é que havia um corte de 1,5 por cento. Eu espero que seja esse o corte”, declarou o reitor da UP, frisando que, caso falte dinheiro, a instituição terá que diminuir apoios e pensar “que património é que poderá recuperar.”
“A Universidade do Porto é uma instituição que não pode viver no limiar de pagar salários”, concluiu.
Há uns dias, um homem que mora na rua ao lado incendiou um colchão e espetou uma faca no peito.
Um vizinho disse à polícia que o homem ficou parado à porta de casa, sem dizer uma palavra e com a faca a “entrar pela frente e a sair pelas costas”.
O homem de 38 anos foi transportado para o Hospital São João, com ferimentos graves.
Uma vizinha ficou intoxicada com o fumo do colchão a arder.
O homem entrou na ambulância ainda com a faca a trespassá-lo.
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